quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

A Castanha "Bomba"!

Castanha do Maranhão (Bombacopsis glabra) 

Eis por que eu sou fã dessa simpática árvore da Mata Atlântica (não só do Maranhão...rs)...
Em julho de 2014, plantei três ou quatro sementes por embalagem de TetraPak (nosso porta-muda 0800). 
Ontem percebi que as três mudas já estavam bem grandes para uma tetrapak e fui separá-las para aguentarem mais um pouco antes do plantio.
As mudas podiam estar sofrendo, mas ao invés disso estavam muito bem com um bom enraizamento, saudáveis e com mais de 30 cm de tamanho.
Agora cada uma delas tem o seu próprio berço para esperar o plantio!



Essa árvore não é listada como pioneira, mas sua capacidade de sobreviver em ambientes hostis e aguentar o sol "na lata" do verão carioca "dando risada", me faz acreditar que ela pode e deve ser considerada como uma excelente opção em processos de reflorestamento.
E além disso suas sementes ou "castanhas" (que são comestíveis e atraem avifauna) são uma delícia...

Quando encontrar uma dessas árvores com seus frutos abertos e sementes espalhadas pelo chão, lembre de recolher e plantar as sementes. Elas germinam muito rápido e não precisam de nenhum trato especial... Só terra e água!
Abraços e Feliz 2015!

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

O LUXO e o LIXO!

O luxo e o lixo! 
17 de dezembro foi dia de repovoar o planeta!

 Ao lado dos latões de lixo na escola,  80 das nossas afilhadas, produzidas nos corredores da escola, estavam à espera de transporte para ir tentar a sorte em um projeto de reflorestamento! Uhu! 

É emblemático que estejam do lado do lixo, pois além de representar uma esperança, também são um exemplo de sustentabilidade. Isso porque a sua produção ajudou a reaproveitar bens inservíveis(embalagens de tetrapak e potes de sorvete), além de reduzir a produção de lixo orgânico, via composteira. 
Esse ano, modestamente, mais de 30 kg de lixo orgânico foram parar na composteira e viraram terra adubada e foram parar na caixinha das mudas.
No próximo ano nossa intenção é aumentar muito o uso das composteiras!
Deu um pouco trabalho, subir e descer pelos 4 andares da escola recolhendo as mudas candidatas ao reflorestamente, mas a recompensa e sempre fantástica! 

Foram mudas de Jatobá, Castanha do Maranhão, Bacupari, Jaracatiá, Mulungu, Sabão de soldado, Carrapeteira, Pau-formiga, Grumixama, Cambuí-roxo, Guapuruvu, Pau-ferro, Ingá, Pitombeiras e outras ... ganhando o mundo!

Boa sorte, meninas... Vida longa! Até o futuro...abraços.
 Tito Tortori

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Plantio no Morro da Urca - Fechando um Ciclo!

O  projeto MUDAMATA levou, no sábado dia 13 de dezembro, alunos do 3º ano do fundamental 1 para plantar as mudas produzidas dentro do espaço escolar.
Essa ação é fruto da parceria do nosso trabalho com o projeto de reflorestamento do Morro do Pão de açúcar capitaneado pelo Grande Sávio Teixeira que faz, por sua própria conta, risco e investimento, o replantio de mudas nativas nas encostas próximas a pista Claudio Coutinho e adjacências.

Como de costume para o projeto, o encontro foi na praia vermelha à espera dos participantes, já com a companhia do Sávio e da equipe de plantio.



                                                                                 As mudas  de Jatobá, Canudo de Pito, Pitombeira, Guapuruvu, Grumixama, Castanha-do-Maranhão, Pau-ferro, Bacupari, Palmito Juçara e outras árvores nativas da Mata Atlântica, produzidas no espaço escolar pelos alunos,  tb estavam ansiosas para "retornar para a Natureza".
                                                                                                                                                                                                                                                A subida pela trilha do morro da Urca, representou apenas um pequeno obstáculo que não abalou a vontade das crianças de completar o plantio das mudas. Apesar de ser uma trilha com um nível médio de dificuldade, as crianças acompanharam sem problemas e se comportaram super bem!



A cada trecho subido os alunos iam subindo e se divertindo com os degraus improvisados e observando borboletas, formigas, vespas, saguis e algumas aves. A excitação ficava por conta do momento do plantio!
Então, quando o plantio começou, o sucesso foi tão grande que é desnecessário uma descrição, bastando apenas ver a expressão das crianças. A cada plantio haviam aplausos e um "grito de guerra"  das crianças que até agora estamos tentando entender...rs..... "Mutantes wow... Mutantes Hey"!


E seguem os reflorestadores em sua missão de ajudar a Mata Atlântica a sobreviver!
Bia Lopes

Catarina Conde

Giovana Fontes

 Miguel Nogueira

Giovana Tortori

Ana Luisa Loureiro

Pedro Diniz

Gustavo Tonietto

 Rodrigo Pingret

 André Pombo

Gabriel Pombo (O caçula!) e André Pombo
E ainda conseguimos reunir 3 gerações da mesma família nessa "missão" especial! Salve os Pingrets!

E é claro que os adultos também quiseram participar! Avante Marmanjos!
Gil Conceição

 Janaina Loureiro

 Rodrigo Pingret

Raquel Scrivanno
Marco Antônio Pingret

 Ana Amélia Lima

  Cláudio Nogueira

 Sylvia Lopes

 Igor Sérgio Vieira

Marcelo Barros de Andrade 
(gestor no Monumento Natural dos Morros do Pão de Açúcar e da Urca)
Sávio Teixeira 
(Nosso querido e novo amigo e parceiro e ser humano Visionário que desenvolve o projeto de reflorestamento do Morro do Pão de açúcar)

 E eu! (Tito Tortori)

 Com direito, ao final de receber de presente de Natal um "Kit do Semeador sem terra" do projeto MUDAMATA com promessas de retornar para plantar vários Jatobás em 2015!
 Sucesso total!

 Para saber mais acessem a página do projeto do Sávio Teixeira, clique no link do projeto!
                http://paodeacucarverde.blogspot.com.br/2014/12/mutirao-com-alunos-da-edem.html#more
 Obrigado Sávio!

Valeu, aguardem outras oportunidades para 2015!
Abraços e Feliz natal!
Tito Tortori

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Devolvendo "cobertura" ao Pão de Açúcar



2 de novembro - dia de finados!
Em geral, esse é um dia para lembramos, saudosos, de nossos entes queridos que partiram, sem poder fazer muito além de depositar flores em seus descansos finais.

Mas, no último domingo foi diferente! Nesse "dia dos mortos" nós fomos levar vida novamente ao morro do Pão de Açúcar! Foi quase como se pudéssemos ressuscitar nossos "entes queridos" e trazê-los a vida outra vez!
RECUPERAÇÃO AMBIENTAL NO PÃO DE AÇÚCAR
Jatobás, grumixamas, jaracatiás, palmitos Juçara, quaresmeiras, Pitombeiras, Jerivás e Ipês retornaram ao seu lugar de origem - a Mata Atlântica, pelas nossas mãos com a ajuda desse ambientalista visionário "Sávio Teixeira" que toca o projeto de reflorestamento do Pão de açúcar com a ajuda de voluntários!

Entre na página!
http://paodeacucarverde.blogspot.com.br/2014/11/mutirao-do-dia-02112014.html
Conheça o projeto e Participe!







domingo, 2 de novembro de 2014

Lamentamos informar que "Dedo Verde" nunca existiu!

Queridos, apesar de Maurice Druon ter tido esse "insight" e de ter reconhecido que algumas pessoas tem um "certo jeito" para cuidar de plantas, gostaria aqui de defender a ideia de que não se trata de um "Dom", tampouco divino...Lenda, lenda, lenda...apenas...

Mas, afinal , cabe a pergunta....Por que algumas pessoas tem mais jeito com as plantas?

Bom, em primeiro lugar cuidar de plantas é ser capaz de "ouvir" aquilo que não está dito...É perceber a mudança sutil... É enxergar o pequeno detalhe...

Ou, como dizia minha avó, não tem segredo, nem "caminho das pedras" basta apenas...

 "Atenção, cuidado e persistência"!

Então, uma das hipóteses que explicam  o poder do "dedo verde"  de certas pessoas é simplesmente que elas tem  "ATENÇÃO"... Ou seja, são capazes de perceber os pequenos e sutis sinais que as plantas enviam e que dão conta da sua interação com o meio ambiente.
Folhas murchas ou amareladas, queda das folhas, pouco crescimento em épocas de boa luminosidade, sinais de pragas, etc... São detalhes que não passam despercebidos para quem tem "dedo verde"!

Por outro lado algumas pessoas esquecem que as plantas são seres vivos e que, portanto, tem necessidades fisiológicas como os animais, certo?

Alguém imagina deixar um pobre cão ou gato 2 dias sem água? Claro que não, diriam... "Ele vai morrer de sede nesse calorão!"

ALOW! E as plantas não? que lógica é essa? estranha? Isso evidencia uma falta de "CUIDADO"... As plantas precisam ser cuidadas da mesma forma que os animais... Precisam de acompanhamento quase diário... Eu já quase perdi algumas mudas raras por que esqueci elas do lado de fora em um dia que a insolação foi exagerada, junto com uma umidade relativa do ar muito baixa.
Lembre que as plantas em nossas casas estão em "cativeiro" então elas dependem de vc para conseguir tudo (luz, água, nutrientes, etc)
Então. é preciso olhar, trocar de lugar, molhar, podar, cortar plantas competidoras, retirar folhas secas e, principalmente, verificar todas as pragas... Uma vez duas lagartas quase destruiram uma samambaia da minha mãe em dois dias... Só no  "nhac...nhac...nhac"... Com a minha avó elas não teriam conseguido comer nem uma única folha... BOM, claro que minha avó tinha mais tempo por que seus filhos eram mais velhos, enquanto minha mãe quase enlouquecia tentando administrar 3 moleques do balacobaco! kkkkk

E por fim, chegamos na última peça do quebra cabeça...PERSISTÊNCIA! Ninguém aprende isso da noite para o dia... É necessário resistir, tentar, cair, levantar, ouvir e refletir...
Lembrando que há aquela história de que algumas pessoas conversam com as plantas.... Mas, na verdade, são as plantas que estão falando para vc...

E você.....está ouvindo? 
Talvez seu problema não seja a falta de "dedo verde", mas de "orelha verde"! kkkkkkkkk
Minha filha está nesse post porque eu a levei para plantar mudas no Projeto do Sávio Teixeira de Recuperação Ambiental do Pão de Açúcar (http://paodeacucarverde.blogspot.com.br/)...É de pequeno que o "Dedo fica verde".... E isso deve nos lembrar de que "plantar" e "cultivar" foram coisas que nos fizeram "seres humanos"...  No neolítico começamos e nunca mais paramos...
Então, por que não educamos nossas crianças para que elas sejam como TISTU, o "menino do Dedo Verde" de Maurice Druon?
Essa pergunta eu não sei responder...

Abraços.





sexta-feira, 31 de outubro de 2014

TISTU, Maurice Druon e o dedo verde!

                        — Meu filho — disse enfim, após madura reflexão — ocorre com você uma                          coisa extraordinária, surpreendente! Você tem polegar verde...


Juro que o nome do persongem do livro do escritor Maurice Druon —TISTU — não é uma brincadeira minha com o meu nome!
 Maurice Druon, que era bisneto de brasileiro, é um escritor parisiense que foi ministro da cultura na França entre 1973/74, membro da Academia francesa, escreveu vários livros, mas apenas um único livro infanto-juvenil cujo título publicado no Brasil em 1957 ficou conhecido como “O Menino do Dedo Verde” (o título original é “Tistou les pouces verts”).
 Abaixo um trecho da história que contextualiza a pergunta: " Dedo verde existe?




"Tistu pôs chapéu de palha para ir à aula de jardim. Era a primeira experiência do novo sistema. (...)O jardineiro Bigode, prevenido pelo Sr. Papai, já esperava o aluno na estufa. (...)
— Ah! Você já chegou... Vamos ver do que é capaz. Está vendo este monte de terra e estes vasos? Você vai encher os vasos de terra e enfiar o polegar bem no meio, para fazer um buraco. Depois ponha tudo em fila, ao longo do muro. Então a gente coloca nos buracos as sementes que quiser.
Enquanto Tistu prosseguia o trabalho com afinco, Bigode dava lentamente uma volta pelo jardim.
— Será que eu estou sonhando? — disse Bigode, esfregando os olhos. — Você está vendo o mesmo que eu?
— Estou, Sr. Bigode.
Ao longo do muro, ali mesmo, a poucos passos, todos os vasos que Tistu enchera haviam florescido em menos de cinco minutos! (...) Em cada vaso se avolumavam as mais soberbas begônias(...).
—É inacreditável! — dizia Bigode.
—É preciso pelo menos dois meses para begônias assim!
(...)Tistu perguntou:
— Mas, se não se havia posto semente, Sr. Bigode, de onde é que saíram estas flores?
— Mistério, mistério... — respondeu Bigode.
Em seguida, tomou bruscamente nas suas mãos calejadas a mãozinha de Tistu.
— Deixe ver o polegar!
Examinou atentamente o dedo do menino, em cima e embaixo, na sombra e na luz.
— Meu filho — disse enfim, após madura reflexão — ocorre com você uma coisa extraordinária, surpreendente! Você tem polegar verde...
— Verde! — exclamou Tistu muito espantado. — Acho que é cor-de-rosa, e até que está bem sujo! Verde coisa alguma!
Olhou seu polegar, muito normal.
— É claro, é claro que você não pode ver — replicou Bigode.
— O polegar verde é invisível. A coisa se passa por dentro da pele: é o que se chama um talento oculto. Só um especialista é que descobre. Ora, eu sou um especialista. Garanto que você tem polegar verde."


Fonte: http://www.foztarquiniosantos.seed.pr.gov.br/redeescola/escolas/11/830/333/arquivos/File/O__menino_do_dedo_verde.pdf


Abraços.
Tito

A samambaia de Metro e o “Dedo verde”

Minha mãe dizia que minha avó -
mãe do meu pai ( a "Sogra" dela) tinha “dedo verde”!
 Dizia isso com uma pontinha inofensiva de inveja. Inveja boa, daquela de quem gostaria de ter também aquele “poder”, mas sem que o dono original tivesse que perdê-lo!
Minha avó paterna era a “Rainha das Samambaias e avencas”! Tinha uma samambaia que durou mais de 60 anos e uma avenca que tinha sido da mãe dela...
Minha simpática “VÓ do cabelo Lilás” nem se dava conta...Seguia fazendo seu tricô, cuidando de suas plantas sem achar que era um dom e sem dar o “caminho das pedras”.
Como ela nunca foi muito dada a revelar seus segredos...e dizia apenas: “A receita é igual a do tricô: Atenção, cuidado e persistência” é a receita!
Um dia minha avó foi chamada para cuidar do Jardim Principal de São Pedro e deixou para minha mãe uma herança “verde de 60 anos”. Parece até a descrição do Louro da minha outra avó, mas era a Sr. Samambaia... De metro... E deu um trabalhão para o meu pai conseguir um suporte que valorizasse toda a sua imponência!
Contudo, minha mãe que já achava que era um dom, teve a confirmação da sua certeza quando, após lutar alguns anos para manter a herança clorofilada, viu em um período de férias,  a verde pteridófita sucumbir ao clima inclemente do Rio de Janeiro.

Afinal, “dedo verde existe mesmo”?
Abraços 
Tito

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

O Mato, o Fato e o "Pato"! Terceiro ato:

Terceiro ATO:
O "PATO"
O Dicionário online de Português oferece duas definições para o verbete:

"s.m. Nome comum às aves anseriformes da família dos anatídeos, de hábitos aquáticos, voadoras, e migradoras quando no estado selvagem. (Caracteriza-se pelo bico chato e espatulado, guarnecido de lamelas.)"
E...
"Fig. Indivíduo que, por ingenuidade, se deixa explorar. Pagar o pato, pagar, ou sofrer as consequências por coisas que não fez".

Outro dia,Conversando com uma das pessoas que recebeu uma muda de fruta de sabiá de presente, tive a surpresa de participar do diálogo que descrevo a seguir:

Fulano: Sabe aquela muda que você me deu?

EU: Sim, lembro foi uma muda de Fruta de sabiá...Vc tinha me dito que adorava os pássaros e eu te dei uma muda desse arbusto por que ele atrai muitas aves por conta dos seus frutinhos comestíveis...

Fulano: Pois é...ela tava com mais de um metro!

EU: Nossa que legal, já deveria estar quase dando frutinhos, afinal já fazia mais de ano, não?

Fulano: Mas, então, sabe o caseiro que toma conta lá do quintal de casa? Ele um dia me chamou e disse: " Seu Fulano, aquela planta que o senhor ganhou e plantou lá no quintal é "MATO"!

EU: Hã...mato? Eu tinha te falado que ela era de uma planta arbustiva, lembra?

Fulano: Lembro, mas aí ele apontou uma planta parecida do outro lado do rio e disse: " tá vendo lá seu fulano...É igual aquela lá no mato!"

EU: Essa planta é nativa da Mata Atlântica, mas não é mais tão comum como já foi...Contudo, é até possível que existisse um pé dela no "mato"!.

Fulano: Mas, o caseiro insistiu e falou: "Seu fulano, seu amigo plantou "Mato" e te deu uma muda de "Mato"!

Rindo... eu expliquei que com certeza era "fruta de sabiá" sem a menor dúvida, pois tinha dado a maior muda que eu tinha para pegar mais fácil e perguntei:

EU: Tá... e vc falou o que para o seu entendido em "MATO"? .

Meu amigo respondeu...

Fulano: Ué...mandei ele arrancar!

Trinquei! Fiquei muito triste, mas claro não ia censurar meu amigo, faço aqui um breve resumo dessa trilogia "O Mato, o Fato e o "Pato"!
  • 1º) O Mato: Não é por que um "caseiro" entende mais de plantas que vc, que isso o torna um "doutor" em qualquer coisa!  Noventa % do conhecimento dele é empírico...Logo, suas explicações são geralmente incompatíveis com um olhar mais científico. Da próxima vez, será mais útil, no lugar de dar ouvidos a qualquer um, perguntar a pessoa que doou a muda. Afinal, ela poderá tirar mais do que ninguém a dúvida!
  • 2º) O fato: Muitas das espécies nativas foram dizimadas ou extintas por que pessoas, ignorantes em termos botânicos, não conhecem a importância da biodiversidade;
  • 3º) O Pato: Quando isso acontecer novamente tenha pelo menos o bom senso de não confessar a besteira que fez...Pois, caso contrário nunca mais vai ganhar muda nenhuma! kkkkkk


Pobre Fruta do Sabiá!


Abraços.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

O Mato, o Fato e o "Pato"! Segundo ato:

Segundo ATO:

O "FATO"

Desde que iniciamos o nosso projeto, já produzimos mas de 400 mudas de espécies nativas. Temos tido todo cuidado para evitar produzir mudas que não pertencem ao bioma Mata Atlântica.
Muitas vezes quando plantamos sementes em vasos ou "porta mudas" podemos acabar enganados pela brotação de espécies herbáceas espontânea como o caruru, beldroegas, capins etc. 

Eu sempre comento com pessoas interessadas em produzir mudas em apartamentos que, muitas vezes, a brotação inicial nem sempre é das sementes plantadas. Algumas dessas sementes podem levar 2, 3, 4 semanas ou até meses para germinar. Mas, o "mato" cresce rapidinho...rs

Portanto, temos o cuidado de não oferecer para as pessoas mudas de "mato", não por que essas espécies sejam "danosas", mas por que em um projeto de recomposição ambiental é necessário introduzir espécies que faziam parte daquele ambiente, mas que infelizmente, foram se perdendo com a destruição da Mata Atlântica.

Ao longo do nosso projeto aprendemos a reconhecer  algumas espécies, suas sementes e principalmente as suas brotações. 



Uma muda de fruta de Sabiá, arbusto nativo da Mata atlântica que dá cachos de frutinhos muito procurados por aves.

Não há nenhuma possibilidade de doarmos alguma espécies que não fosse nativa da Mata Atlântica, muito menos de espécies espontâneas. 
Esse equívoco até pode ser praticado por uma pessoa leiga, o que não é o nosso caso!
Abraços.
Tito



terça-feira, 12 de agosto de 2014

O Mato, o Fato e o "Pato"! Primeiro ato:

Primeiro ATO:
"MATO"



Definição:
 “Matos” ou “inços” são  plantas espontâneas, nativas e ou exóticas que germinam naturalmente,  a nossa revelia, em qualquer porção de terra revolvida, no solo e em vasos de planta. São as famosas e conhecidas "ervas daninhas" como diversos tipos de capim, caruru, serralha, dente de leão, etc. 

Senso comum:
Como não poderia deixar de ser a percepção do senso comum é reducionista e pejorativa, pois desconhece suas utilidades e potencialidades econômicas. Portanto, o "Mato" inclui plantas comuns, sem aparente valor, resultantes do desequilíbrio ambiental e que atrapalham ou prejudicam o cultivo de outras plantas. 
Bom, pelo menos é isso que está "salvo e gravado no HD Neural" do bom e velho senso comum ou sabedoria popular!

Informações divergentes:
Aquilo que a "sabedoria popular" atribui o status "Sem valor", é na verdade o resultado da ignorância coletiva sobre as espécies naturais que se apoderou homem urbano, principalmente, devido ao seu distanciamento do ambiente natural e a sua aculturação em termos de biodiversidade. O "mato" só existe na mente dos ignorantes. Portanto, "Daninha" é um conceito humano. É próprio da situação em que desejamos controlar o ambiente, e suas espécies, para que possamos provocar o nosso próprio desequilíbrio ambiental, como no caso de uma monocultura. Então, as demais espécies passam a estar na condição de "danosas".

Verdade:
Muitos dos "matos" são espécies herbáceas pioneiras capazes de ocupar nichos ambientais degradados sim, mas de importância vital para a sucessão ecológica e recomposição ambiental de qualquer área. Algumas desses plantas são comestíveis e, atualmente, estão sendo muito estudadas, como uma solução para a crise na produção de alimentos e garantia de segurança alimentar...



Continua na próxima postagem denominada "Segundo ATO":
Abraços.
Tito