segunda-feira, 18 de novembro de 2013

A nova dupla caipira: Cutia e Cutieira!


Uma das sementes mais apressadas para germinar e crescer é a da cutieira (Joannesia princeps). Ela tem esse nome por que suas sementes são dispersas pelas cutias(Dasyprocta leporina) e pacas. Esses animais são roedores que possuem uma fantástica dentição e, por isso,  só eles conseguem roer a dura e grossa casca do fruto dessa árvore. A questão é que as cutias são "gulosas" e acabam colhendo mais frutos do que são capazes de comer! Mas, como são "inteligentes e prevenidas" enterram alguns para os dias de carestia... O problema (ou solução!) é que elas tem uma memória péssima e por isso acabam esquecendo onde esconderam. Melhor para as árvores, pois suas sementes acabam germinando e virando novas árvores que vão alimentar os tataratataratataranetos das cutias...Ponto para as cuias! 

O problema é que isso é que essas espécies "evoluem em paralelo", ou seja, se uma vai bem a outra tb vai...Traduzindo: Se a população de pacas e cutias declinar, vai levar a pobre cutieira junto...Mas, por ora, tudo vai indo melhor...e quatro mudas foram devolvidas a Mata Atlântica! UHU!

Curtiu a Cutieira e a Cutia?
Abraços.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Fuga de Mudas!


Hoje foi dia de dizer até breve para algumas mudas "apressadinhas" que já estavam passando do ponto de transplante. Elas foram enviados para a fazenda de um amigo, parceiro do nosso projeto, que está fazendo o reflorestamento de uma mata ciliar perto de Vassouras(pontos em amarelo indicam o local que já recebeu mais de 150 mudas oriundas no nosso projeto). Foram 16 mudas incluindo de Cutieira, Fruta-sabiá, Cereja do Rio Grande, Grumixama, Castanha do maranhão, Jatobá, Mulungu e outras... Todas nativas da Mata Atlântica como manda o figurino do projeto...rs... 

Em breve vamos precisar de mais "padrinhos" voluntários em receber as mudas do projeto. Vale lembrar que apadrinhar essas mudas envolve algumas responsabilidades... Mas, quem desejar pode se candidatar por aqui...
As mudas devem ser plantadas em locais próximos à Mata Atlântica. A muda deve ser cuidada e acompanhada durante os primeiros anos de vida. E pedimos que seja feito um registro fotográfico para que possamos ter notícias das nossas afilhadas!


MUDAMATA?
Acho que com as mudas, muda!!!! rs
Abraços.
Tito

Pai, eu não gosto de "inhame"!

Minhas filhas do primeiro casamento comiam quase tudo! Ao ponto dos primos chamarem elas de "ETs"...rs
Mas, havia um "ponto de atrito"...O tal do "inhame"! Por ora, vamos chamar aquela raiz que nós chamamos de" Inhame" de "Inhame", ok?rs
Estamos falando do "Inhame"? Esse da foto acima? Sim, isso mesmo!

Voltando a culinária familiar, havia sempre algum desgaste no relacionamento afetivo com o tal do "Inhame"!

"Inhame" cozido? Não! Pirê de "inhame"? Não! "Inhame" na sopa? Não!

Bom, tudo ia mal, e ninguém queria comer "inhame", até que fui apresentado a uma iguaria pela Benedita!
 Bene, Nise, Bichinha, e outros apelidos, eram carinhosamente atribuídos a nossa "mãe-adotiva", uma "secretária-do-lar" que adotou a casa de minha mãe quando eu tinha apenas 2 anos.

Ela mesma, uma fantástica cozinheira "empírica" vivia ouvindo rádio e de lá retirava algumas receitas, ideias e dicas surpreendentes!

E numa desses dias de inspiração, almoçando na casa de minha mãe, fui apresentado a uma nova forma de "fritar a batata"?
 Ela falou: "Tito, prova essa batata frita e me diz o que vc acha dessa receita nova que eu ouvi no rádio e fiz...".

Provei a "invenção" e na hora exclamei:
> "Nossa, é a melhor batata frita que eu já provei!"...Tem gosto, não é molenga, diferente... Como é essa técnica de fritura?", perguntei.

Ela com a sabedoria daqueles que sabem fazer disse com um sorriso nos lábios:
> " É "inhame"! É bom não é?"

Quase não acreditei...
>Jura, que maravilha..."inhame" frito! Tudibom! E mais nutritivo do que a Batata!

Finalmente, pude durante anos experimentar essa fantástica receita com minhas filhas, claro omitindo  o fato de que não era batata e sim "Inhame"...

Claro que mais cedo ou mais tarde, a verdade viria a tona e, um dia, fui cobrado por todo aquele inhame frito.

Minha filha mais velha, já adolescente, reclamava:
> "Sujeira, armação, traição, era Inhame frito!"
 E eu dizia:
>" Claro que não!
Ela insistia, ansiosa que eu confessasse. E eu fingindo de "morto"!rs

> "Não era inhame, não!"

Ela retrucou:

> "Confessa... fala a verdade, por que a Benedita já te entregou!"

 E eu marcialmente defendendo o meu segredo.

Mas, naquele momento me veio uma inspiração e uma solução alternativa surgiu!

> "Não era Inhame e ponto final"....Aquilo que vcs não gostam se chama Taro!"

Disse minha filha: "Que isso pai? Que papo é esse?"

E expliquei...

"Na verdade aqui no Brasil há uma confusão em relação ao nome desse tubérculo!
Inhame no mundo todo é o nome dado para uma outra raiz chamada de "Cará"....Uma espécie de vegetal da família Dioscoreáceas.

Já a raiz que eu usava para fazer aquela batata frita era a Colocasia esculenta , mundialmente conhecida como Taro!

E vamos almoçar que a "batata frita" está esfriando!...kkkkkkk

Vivendo e aprendendo!
Abraços.
Tito

PS: por isso escrevi sempre "Inhame" entre aspas, pois estava me referindo ao Taro!rs

Para saber mais leia a nota técnica da Embrapa no link http://www.emepa.org.br/revista/volumes/tca_v1_n1/tca07_inhame_denom.pdf

Leia tb a outra postagem que fiz sobre esse tema abaixo
http://edemconsumoconsciente.blogspot.com.br/p/etnobotanica.html

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

BNH de Abelhas nativas!


Chegamos ao final de 2013 e as colmeias de Abelhas Nativas continuam progredindo...
               Então, considerando a importância do trabalho de polinização dessas pequenas criaturas e nossos objetivos com relação a educação ambiental, decidimos apoiar mais a atividade laboral das Abelhas jataí.
               A primeira ação, imediata, é no sentido de tentar preservar as colmeias. Estamos  sinalizando-as, mais claramente para a comunidade, de forma que ninguém (alunos, professores, funcionários, pais, visitantes etc) inadvertidamente possam prejudicá-las involuntariamente.
               As colmeias são muito discretas e só um olhar mais atento é capaz de percebê-las. Os tubinhos de cera da entrada da colmeia são pequenos e delicados e podem ser destruídos e a entrada pode ser obstruída por uma lata de lixo, caixa de material ou qualquer outro objeto, levando a colmeia à falência e ruína.
               Isso, por muito pouco não aconteceu com uma colmeia no pátio da educação infantil, quando uma caixa de material de esportivo quase obstruiu a entrada da colônia.

              
  A segunda ação, de médio prazo, objetiva a ampliação do número das colmeias, pois essas abelhas precisam de locais especiais para se instalar e nem sempre é possível para as princesas encontrar um bom local para a futura colmeia. Ou seja, as abelhas-princesas só podem virar “rainhas” se encontrarem um lar. Então, estamos ajudando-as instalando pequenos “apartamentos” para que elas possam iniciar novas colônias.
               Esses “apartamentos” são na verdade “armadilhas” feitas com garrafa PET, estrategicamente colocadas próximos as colônias para que as “futuras rainhas” possam fazer ali a sua morada!



               A terceira ação, de longo prazo, se refere a captura desses enxames e a transposição deles para caixas verticais de madeira(“casas” grandes espaçosas e confortáveis) que poderão ser instaladas em algum lugar especial e que, poderão servir, mais efetivamente, para mostrar aos alunos a organização social das colmeias, sua estrutura física e comportamento. Essa ação será importante para que as crianças e jovens possam entender vários conceitos ligados aos insetos sociais, contribuindo para uma percepção mais ecológica do nosso cotidiano.

              O nosso “BNH de Jataís” já conta com uma unidade pronta, à espera dos futuros inquilinos.


              Essa ação está totalmente alinhada com as metas gerais do projeto que envolve educação ambiental, reaproveitamento de materiais, sustentabilidade, uso das TICS  e cidadania ecológica.


Abraços.
Equipe do projeto MUDAMATA

Nossas Abelhas sem ferrão!

Nossas Abelhas sem ferrão
[Tetragoniscajataí.jpg]
Essa simpática figurinha aí da foto é uma abelha Jataí, uma das espécies de abelhas nativas da América do sul. Ela e as demais súditas fizeram uma colmeia para abrigar a rainha e todos os súditos reais na escola em que leciono.
[SDC12300.JPG]
Muitas vezes vi pais e alunos preocupados em serem picados por esses pequenos, delicados e gentis insetos. Na verdade, todas as abelhas nativas ou abelhas "indígenas" (não sei se gosto desse termo!) não possuem capacidade de ferroar. Em geral são dóceis e o máximo de desconforto que podem causar é entrar no nariz ou se embaralhar no cabelo involuntariamente.
A colmeia pode ser facilmente identificada por um pequeno túnel de cera na entrada por onde podemos vê-las entrando e saindo.
[SDC12301.JPG]
Frestas em troncos, rochas e mesmo paredes podem ser um local interessante para elas abrigarem seus pequenos "potinhos de mel".
[potes_mel_jataí.jpg]
São insetos muito importantes por que fazem a polinização de diversos tipos de vegetais, incluindo, árvores nativas da mata atlântica.
Esse é o principal vínculo com o projeto MUDAMATA! Sem essas abelhas não haveria polinização, nem frutos, nem alimentos, nem sementes, nem vida....
 Bom, agora que sabemos que não há motivo para preocupação vamos tomar cuidado com esse nosso patrimônio?
Em 2011, Sônia e Sara da Biblioteca colocaram lá um aviso bem simpático convidando todos a respeitar essas abelhas inofensivas.
[SDC12303.JPG]
Nesse momento estamos sinalizando todas as colmeias e tentando capturar enxames para criar em caixas pela escola!
Agora que já sabemos um pouco sobre elas, podemos aprender a apreciar e conservar essa espécie que, como a nossa, também é social.
Abraços. 
Projeto MUDAMATA!


Chorando Pitangas!

Você já chorou Pitangas?
Sabe aqueles dias em que se tem aquela sensação de que o “mundo, tudo e todos estão contra você”? Em que só se tem vontade de sentar e chorar até se acabar? Dos olhos ficarem “vermelho sangue” de tão esbugalhados?

Bom, se você viveu ou vir alguém nesse estado sabe o que é “chorar Pitangas”!
Essa expressão tem, desde suas origens, o sentido de "queixar-se", "lamuriar-se".  Na língua tupi, a palavra "pitanga" significa "vermelho". Assim, chorar as pitangas, segundo o folclore seria o mesmo que verter muitas lágrimas ou até os olhos ficarem avermelhados.
Então, a expressão “chorar pitangasurgiu no Brasil como uma adaptação (de influência Tupi-guarani) do ditado lusitano, conhecido  como “chorar lágrimas de sangue”, ou seja, “ se lamuriar por pouca coisa!”.
Leia a ficha técnica da mais nova convidada do projeto "MUDAMATA"! A princesa da restinga!
Não deixe de comentar, contar historias, lendas etc...etc...
Abraços. 

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Sibipuruna - A Dama da Floresta Atlântica

Parece ouro, mas não é...Parece Pau-Brasil, mas não é... O que é o que é? Primeiro pinta o chão de amarelo e depois pinta de casquinhas secas... Quer sementes? Vá as favas!
Sabe de alguma "fofoca" curiosa sobre a "dama de ouro"? compartilhe!
Abraços. 

Jatobá

Alguém já ouviu falar de uma árvore com diâmetro de 8 metros na sua base? E que seriam necessário 15 homens de braços dados para circundá-la? Essa árvore gigante, descrita pelo naturalista alemão Carl Friedrich Philipp von Martius, em sua expedição em 1819 pela Amazônia, seria um majestoso  jatobá. Conheça mais a espécie que produziu o árvore "gigante" ficou conhecida como a "Árvore de Martius" e de quebra aprenda a fazer um delicioso suspiro dela...rs 


Conhece alguma história legal sobre o jatobá? Compartilha com a gente?
Abraços.
Tito Tortori

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Pau-Jacaré

Não deixe de ler outra postagem chamada a "mais famosa lenda inventada" do Pau-jacaré!


Conhece alguma história interessante sobre essa árvore? Compartilhe conosco, por favor!Valeu!

A mais famosa "lenda inventada" do Pau-Jacaré


Muitos e muitos anos atrás, muito antes do tempo existir, Nhanderuvuçú -  o Deus supremo - estava entediado, pois tinha todo o Universo e nada para fazer. Então, ele resolveu destruiu o universo e fazer uma reforma total, parte hidráulica, elétrica, tudo novo... E começou gerando uma alma positiva e uma alma negativa. Ao juntá-las Nhanderuvuçú deu origem a matéria. E foi com ela, e muita energia para trabalhar, que ele criou lagoas, rios, florestas e tudo mais.
Num lugar bacana na América do Sul, o "todo poderoso da cocada-preta", criou um spa de luxo misto de resort caribenho com Club Mediterranee. Porém, como nada é perfeito, uma dessas lagoas passou a ser habitada por Yara, uma criatura mitológica, quimérica, misto de linda mulher com um Yacaré. O Yacaré, iakaré ou jacaré, como chamamos, significa em tupi-guarani "aquele que olha para os lados". Bom, ele nunca olhava para frente por que tinha a boca cheia de dentes para lhe proteger e jamais olha para trás porque sua cauda musculosa rebatia qualquer perigo iminente. Então, o jacaré só preocupava seus flancos, uma combinação de Waterloo com calcanhar de Aquiles. Não que existissem inimigos, mas o yacaré sempre foi um bicho muito sórdido, ardiloso e pouco confiável.
Um dia Nhanderuvuçú resolveu pedir a Yara que tomasse conta de uma árvore muito importante, de tronco lisinho, que soltava muitas sementes que repovoavam as matas. Isso por que havia ordenado ao seu mensageiro Tupã – aquele que domina os raios e trovões – que derrubasse árvores mortas para renovar a vida nas matas - uma espécie de reciclagem divina. Mas, alertou Yara dizendo: “Você sabe que Tupã não está enxergando bem e a pontaria já não é essas coisas e eu não quero que essa árvore seja sacrificada!”. Yara respondeu “prontamente”, “claro”, “sem problemas”, como todos dizem quando dão pouco interesse àquilo que foi pedido.
Yara estava de olho em um jovem indígena, de nome Itapiru, que parecia apetitoso, gastronomicamente falando. E usou todos os seus encantos para enfeitiçar o jovem indígena vir se banhar com ela, o que não foi muito difícil. Mal Yara tinha se transformado em um yacaré e estava levando Itapiru para o fundo do lago, quando Tupã começou a roncar seus raios. Tupã para compensar a vista cansada, tinha a estratégias de disparar o dobro, o triplo de raios para cumprir a missão dada por Nhanderuvuçú. Serviço de Tupã terminado, Nhanderuvuçú foi ver a sua árvore preferida e encontrou-a morta e escurecida pelos raios. Ao procurar Yara encontrou-a na forma do yacaré saboreando o pobre Itapiru. Como castigo, o Deus supremo matou a Yara e usou a pele-casca do yacaré para cobrir o tronco e trazer a pobre árvore de volta à vida.
A partir daquele dia, essa árvore passou a ser chamada de pau-yacaré ou pau-jacaré, como conhecemos e todo mundo pode finalmente passar a tomar banho nas lagoas sem tanta preocupação com a Yara.
Moral da história!
I: Quem não tem lenda caça com lenda inventada!
II: Em rio que tem Yara, jacaré nada sem casca!
III: Cuidado com o que você quer comer para não ser devorado antes;
IV: Manda quem pode, obedece quem é obediente!

Obs: Essa é uma lenda inventada, pois por mais que procurasse não encontrei nenhuma lenda, causo ou história interessante sobre essa árvore tão legal! Então, por favor, a única fonte possível é a inventividade das caraminholas humanas.

Lenda do Guapuruvu


Uma lenda vem de muitos anos sendo transmitida na oralidade dos índios Tupis que viviam na região do Vale do Paraíba e pelos Tupinambás do Litoral Norte, em registro de Mariza Taguada.
Quando ainda não havia tanta tribo nessa terra, há muitos e muitos anos, por aqui vivia um jovem e forte guerreiro chamado Guapuruvu.
Certa noite não conseguindo dormir, por causa de uma misteriosa inquietação, saiu da rede e caminhou pela floresta mal iluminada por causa da lua nova. Dentro da mata distinguiu um vulto dourado movendo-se  por entre as folhagens. O corajoso e inconseqüente guerreiro embrenhou-se na mata atrás daquele brilho, quieto e rasteiro, como uma grande onça.
Guapuruvu, fascinado pela luz dourada chegou à nascente de um rio e assustou-se ao ver uma linda mulher de corpo dourado e longos cabelos negros banhando-se nas singelas águas. O mais espetacular era que as gotas d'águas que a tocavam transformavam-se em pepita de ouro e rolavam para dentro do rio.
O guerreiro sentiu o coração bater forte e temendo que a formosa moça percebesse sua presença escondeu-se, permanecendo no mesmo lugar, hipnotizado, a noite toda, até o dia amanhecer e voltar para a aldeia. Os dias se passaram e todos da tribo notaram o olhar desvairado que Guapuruvu lançava à mata e a agitação que tomava conta dele enquanto esperava pela lua nova... Ansioso para encontrar sua amada.
Assim, na primeira noite da lua nova ficou à espreita e não viu a linda mulher. Retornando à aldeia nem conseguiu caçar ou pescar. Os outros perguntavam o que ele tinha, mas ele nada dizia. Na noite seguinte retornou à trilha do rio. A escuridão era tanta que Guapuruvu tropeçou e machucou-se nos cipós, galhos e raízes até chegar à nascente do rio. Foi quando viu uma luz achegando e transformando-se na linda jovem. Inebriado, soltou um suspiro alto, atraindo a atenção da jovem que, assustada, fugiu deixando para trás um rastro de poeira púrpura.
Guapuruvu passou horas e horas chorando à beira da nascente e pedindo para que ela voltasse. A linda moça, depois de passar o susto, atraída por aqueles lamentos tristes e aquelas juras de amor que o rapaz não cansava de repetir, apareceu para o jovem guerreiro que, de tanta  felicidade,  lançou-se aos pés da amada jurando amor eterno. Ela se apresentou como a Mãe do Ouro, disse que era a guardiã das florestas e protetora dos animais. Ia sempre até o rio banhar-se, pois sua missão era a de criar pepitas de ouro.
Explicou ao jovem Guapuruvu que ela não podia casar-se com ele, nem dar-lhe filhos como as moças da tribo, mas corresponderia ao seu amor.  Dessa forma nas noites de lua nova o  jovem Guapuruvu saía da aldeia para encontrar e amar a Mãe do Ouro.
 Os anos se passaram e o índio guerreiro envelheceu enquanto que a Mãe do Ouro continuava jovem e bonita. Mas o amor dos dois não foi afetado por isso. Certa noite ele pressentiu que aquela seria sua última lua em vida. Já muito velho, com extrema  dificuldade, chegou à nascente do rio onde a Mãe do Ouro já o aguardava. Ele, comovido em deixá-la, despediu-se suspirando amores eternos.
Abraçaram-se enternecidamente mas quando Guapuruvu fechou os olhos, transformou-se em uma grande e frondosa árvore de madeira forte, ereta, ao pé da nascente, pois dessa forma para sempre veria sua amada. A Mãe do Ouro profetizou que o amor deles seria eternizado nas raízes, no tronco e nos fortes galhos da árvore Guapuruvu e  que a árvore serviria aos índios quando transformada em canoa de um pau só. Por isso, quando em noite de lua nova, vemos um rastro de ouro passeando pela mata é a Mãe do Ouro que vai namorar o Guapuruvu.
Quem sabe, lá pelas altas horas da madrugada, numa noite de lua nova, ao passarmos  pela praça José Molina na Vila Industrial possamos ver um rastro de luz abraçando o maravilhoso Guapuruvu.

domingo, 13 de outubro de 2013

Castanha-do-Maranhão

A Castanha-do-Pará todo mundo conhece, certo? Mas, e a nossa "castanheira" da Mata atlântica? Você conhecia? Não, né? Bom, na verdade essa árvore não é nem tão rara, sendo inclusive, esporadicamente, usada na arborização de ruas.
É uma árvore muito importante por que além do seu uso na alimentação humana (suas sementes são comestíveis) - também é chamada, por isso, de amendoim-de-árvore - ela tb fornece alimento para a fauna, principalmente para roedores como cutias, preás e aves...
É uma espécie muito interessante em projetos de educação ambiental por que suas sementes germinam com facilidade e com muito vigor. As crianças sempre ficam impressionadas com a brotação das mudas dessa espécie.
Com vcs...a nossa "castanha"...Castanheira da Mata Atlântica! Que é do Maranhão, mas também de muitos outros estados brasileiros!
Você já comeu Castanha do Maranhão? Conhece alguma história legal sobre essa árvore? Compartilhe com a gente! Não deixe de comentar...Abraços.
Tito

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Manduvi - a Casa das Araras azuis

O Manduvi ou "amendoim de bugre" é uma árvore fundamental para a preservação das araras-azuis. Isso por que seus troncos largos de madeira macia serem bem para que as araras escavem seus ninhos... E olha que é necessária uma árvore com um bom diâmetro, ou seja, já com muitos anos de existência.
E você conhece alguma história sobre essa árvore para compartilhar?
Basta clicar em comentários e contar, ok?
 

sábado, 11 de maio de 2013

Guapuruvu - Com quantos Paus de faz uma canoa?

Certamente você conhece a expressão "Vai ver com quantos paus se faz uma canoa!"...

Mas, sabe que essa expressão está relacionada com essa fantástica árvore - o Guapuruvu?
Traduzido do tupi-guarani,o nome da árvore significa "canoa que brota do chão"... Legal, né?

Isso por que os indígenas, e depois os caiçaras, usavam o seu tronco de madeira leve para produzir canoas entalhadas em um único pé de Guapuruvu. Veja um vídeo sobre a canoa de Guapuruvuhttp://www.youtube.com/watch?v=7yQ4IprUxbk

Outra história legal é que a árvore também era chamada de "Pau de vintém" por que no passado as crianças usavam suas sementes como "moedas" para brincar de comércio...

Realmente é uma árvore bem interessante com suas sementes aladas que "giram como hélices de helicópteros"...também uma brincadeira de crianças...
Então, com vocês, o imponente e divertido guapuruvu ou Pau de canoa!

Conhece alguma história legal sobre o Guapuruvu? Compartilhe conosco.
Abraços.
Tito

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Biricó de Macaco!!!!!!!!!!!!!!!!!


Em visita ao simpático parque ambiental “Mangal das garças” em Belém — visita obrigatória a bela cidade — me envolvi em uma situação ligada a educação ambiental que quero relatar.
O parque, cabe dizer, é muito bem cuidado, oferece “gotas” de educação ambiental na forma de funcionários, obviamente vestidos com um uniforme verde, que orientam os visitantes no cuidado com o gramado e informam sobre as espécies vivas em exposição como os iguanas, tartaguras-amazônicas, irerês, asas-de-seda, guarás, colhereiros e até flamingos.

Vale comentar que eu, como biólogo da região sudeste, conheço poucas espécies nativas da Amazônia, salvo aquelas usadas a arborização de rua no Rio de Janeiro como o Abricó de macaco(Couroupita guianensis) e a Munguba(Paquira aquática).
Passeando lá,  com minha mulher e minha filh,a me deparei com uma árvore engraçada (no mínimo interessante) desconhecida para mim. Chamei um dos diversos guias locais e perguntei sobre a curiosa árvore de pequeno porte da qual, apesar de não chegar a minha altura, pendiam frutos globosos semelhantes ao “coco”. Perguntei  ao rapaz sobre o nome do arbusto:
  • Companheiro, como é o nome dessa árvore aqui?
E já fui afirmando para me prevenir de uma resposta estapafúrdia.
  • ...Que não é coco eu já sei!
O jovem funcionário me olhou no branco dos olhos e confiante falou com o usual sotaque paraense, para meu espanto:
  •   É biricó-di-macaco, moço!.
Aturdido com a resposta, e com a sonoridade do nome ecoando em meus neurônios, levei uns dois segundos para refletir e retrucar tentando imitar o sotaque para ser melhor compreendido:
  • Rapaz, se quer dizer que é abricó de macaco, é?
Ele olhou novamente e assertivo concluiu:
  •   É sim, senhor!
Claro que “Abricó de macaco” eu conheço, pois é uma espécie bastante usada na arborização do Rio de Janeiro. Sabia que não era por que essa árvore tem um porte bem alto e seus “cocos” são marrons e ásperos ficando grudados no próprio tronco, enquanto a arvoreta-arbustiva tinha frutos verdes brilhantes e lisos que pendiam dos galhos. Então, afirmei convicto:
  •  Olhe... Abricó de macaco, não é não... por que essa, eu conheço, e é bem alta e diferente?
Diante da minha convicção ele complementando sua afirmação contra argumentou:
  •  Então, moço, o “abricó-de- macaco, é aquela árvore lá mais longe(apontando para o estacionamento)...Essa aqui é biricó-di-macaco!
 Divertido, além de ouvir essa confusão, quer seja de identificação, quer seja em relação à nomenclatura regional, foi ouvir minha mulher tentando argumentar que era “plausível” que existissem duas árvores com esses nomes —“abricó” e “biricó”....rs. Obviamente se tratava de um erro de identificação, acrescido de uma inflexão ou variante no nome “abricó.” Claro que minha mulher não concordou!rs

Dia seguinte, visita para conhecer a simpática orla da “vila de Icoaraci com direito a compra de artesanato Majoara. Entre uma cerâmica e outra me deparo com a mesma árvore perto de uma barraca que vendia tacacá e outros petiscos. Comprando uma água para aplacar o calor Paraense arrisquei novamente perguntando ao comerciante, descendente de alguma etnia indígena, sobre a árvore já informando que no Rio de Janeiro não tinha dela  e deu-se o seguinte diálogo:
  • Moço, você sabe que árvore é essa?
  •  “Olhe, aqui nós chamamos de cuieira, cabaceira, cuité...Dessa que usa para servir o Tacacá...
Então, olhando para as cuias eu disse:
  •   Bem que eu sabia que não era “biricó-di-macaco!
 Falei, imitando o sotaque do funcionário do Mangal das garças...para minha mulher. O vendedor, estranhando o meu comentário, disse com um sorriso no olhar já me corrigindo:
  •  Você quer dizer “abricó-di-macaco”? Não é uma árvore bem diferente...vcs não conhecem lá no Rio de janeiro não?
E pronto, minha fama de “conhecedor” de árvores foi para o beleléu em Belém!

Moral ambiental da história: Na medida em que a população foi deixando as áreas rurais e migrando para as regiões urbanas, o conhecimento sobre as espécies vegetais, seus nomes, sua função, histórias, lendas etc  foi decaindo da memória afetiva...E aí, no lugar, fica um empobrecido senso comum.

Abraços.
Tito Tortori

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Sabão de Soldado

Mais uma árvore chega para compor nosso "quintal". O "sabão-de-soldado", saboeiro ou "sabão-de-mico" é uma árvore frondosa nativa de toda a América tropical e subtropical que é encontrada comumente na Mata Atlântica. Seu curioso nome se deve ao fato de que seus frutos ao serem misturados com água produz uma espumação que pode ser usada em substituição ao sabão na lavagem de roupas. Isso ocorre principalmente pela presença de saponina, uma substância que tem ação detergente e surfactante, semelhante ao sabão. Suas sementes, por serem bem redondinhas e duras, eram usadas no passado como bolinhas-de-gude e bolinhas de estilingue por crianças em suas brincadeiras.
Agora no final de abril, as turmas de nono ano fizeram a quebra da dormência por escarificação e plantaram várias sementes que já estão em processo de germinação...Quantas mudas conseguiremos? Aguarde postagens futuras para saber...
E você conhece alguma história interessante sobre essa árvore curiosa? Compartilhe conosco nos comentários, ok?
Valeu!

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Mulungu

O Mulungu ou candelabro é uma linda árvore que habita a transição da Mata Atlântica para o cerrado que possui belas flores vermelhas. Suas sementes, que também tem colorações avermelhadas, são encontradas no interior de vagem retorcidas. 
Você sabia que a madeira dessa árvore é muito utilizada por artesão de todo o Brasil para produzir os famosos "mamulengos"? Veja o tema no link http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/biodiversa/com-mulungu-mamulengo-e-moleza/

E você conhece alguma história legal que envolva o mulungu? Quer compartilhar? Use os comentários, ok?
Abraços.

sábado, 13 de abril de 2013

Grumixama

A árvore nativa da semana é o Grumixama! Eu só puder provar essa deliciosa fruta nativa aos 52 minutos do segundo tempo do ano passado. Provei a fruta e fiquei me perguntando por que motivo não fui apresentado antes a essa simpática e deliciosa fruta... Uma pena! Mas, o motivo é simples... Muitas das frutas nativas não tem um "perfil comercial"...Elas são boas para chupar no pé e, por isso davam nos quintais, na mata do Bairro, no morro perto da sua rua etc... Mas as frutas "não comerciais" padecem de um problema... Por serem nativas, elas não passaram por um processo de domesticação, então há uma enorme diversidades de "perfis genéticos" nas populações nativas. Diferentes das espécies de frutas comerciais que são , na verdade, cultivares, ou seja, variedades bem definidas que foram selecionadas a partir de características adequadas, voltadas para a comercialização. Isso não aconteceu com o grumixama e outras frutas nativas. Então, os "antigos" (como diz o senso comum) diziam... " o menino, vai lá ver se tá na época do grumixama!" E as crianças e jovens iam até a árvore colher seus frutinhos... Com o tempo, os bairros foram sendo mais e mais tomados por prédios e as casas com seus grumixamas nos quintais foram se extinguindo. Na Mata, o grumixama sofria duas agressões: Uma da redução dramática para ocupação das encostas por prédios ou simplesmente pela derrubada das árvores para uso da madeira e outra pela imigração das "Invasoras"... Lembrem que as pessoas, antigamente, sempre tinham fruta de sobremesa...Com o tempo as pessoas foram aprendendo a plantar outras frutas que gostavam como a mangueira, jaqueira, laranja, tangerina, banana, tamarindo (todas exóticas) etc...etc... Esquecendo das antigas frutas da Mata Atlântica...
Hoje, temos uma redução dramáticas dessas frutas nativas... Um dos objetivos do nosso projeto é devolver essas árvores ao local de onde elas nunca deveriam ter saído...
Eu tenho a honra de apresentar  a deliciosa, e quase esquecida, cereja brasileira: O Grumixama!
Clique na imagem para ler a ficha técnica!

Se vc conhece alguma história deliciosa envolvendo o grumixama, nós gostaríamos muito de conhecer... e apresentamos para vcs uma história muito legal do Blog "COME-SE" de Neide Rigo no link http://come-se.blogspot.com.br/2011/11/e-hora-de-colher-grumixama.html
Essas mudas vão fazer parte do quintal do 9º ano, visite-as e conheça-as!
Abraços.
Tito

domingo, 7 de abril de 2013

Cereja do Rio Grande

A árvore Nativa que inaugura o projeto "MUDAMATA" é a Cereja-do-Rio-Grande ou Cereja-do-mato. Seu nome científico é Eugenia involucrata e ela é da família da Pitanga(nativa), da jabuticaba(nativa), da Goiaba(exótica), do Jambo(exótica), do Cambuí(nativa), etc.
Cada árvore terá a sua própria "Ficha Técnica" com informações básicas sobre a espécie.
(Clique sobre a imagem abaixo para ampliar as informações!)
Convido vocês a lerem uma deliciosa matéria do site "COME-SE" que envolve essa fruta.
http://come-se.blogspot.com.br/2007/09/cereja-do-rio-grande-ou-cereja-do-mato.html

A ideia é reinaugurar essas espécies na "memória-afetiva" das pessoas!
Você conhece alguma história interessante sobre essa árvore? Algum causo passado de geração em geração? Tem dicas legais para compartilhar? Legal...Use os comentários.

Seja bem vindo e "desfrute" desse projeto!
Abraços.
Tito Tortori

Mudas Nativas em 2013

Apesar do final do projeto em 2012, nós demos continuidade à produção de mudas nativas!
A ideia é simples...A mata Atlântica está perdendo sua área  (está reduzida a menos de 7%) e, além disso, está perdendo a sua diversidade!
Então, a ideia é continuar produzindo mudas para devolve-las ao lugar que lhes pertence - A Mata Atlântica!
Com isso surgiu a proposta de usar o espaço da escola como um território de "embate"... Nas muretas dos corredores internos nós produziríamos mudas da mesma forma que essas ao lado, plantadas no parapeito do meu apartamento!
Paralelamente, essas mudas vão ser usadas como um objeto de aprendizagem, servindo para comunicar aos alunos, professores, pais e comunidade, informações sobre essas mudas como o nome vulgar, o nome científico, características etc.
E a partir de agora que essa história começará a ser contada...
A cada semana traremos aqui uma sobrevivente da Mata Atlântica para que possamos reinaugurar a presença dessas árvores na nossa memória afetiva.
Sua avó as conhecia, mas será que seu neto terá esse direito?
Abraços.
Tito

Projeto de mudas nativas

Em 2012, mobilizados pela mostra de Ciências da EDEM e tendo como "pano de fundo a Rio +20, nós investimos em temáticas vinculadas a biodiversidade.
Naquele momento fazia todo sentido iniciar a produção de mudas de espécies nativas. Surgia o primeiro obstáculo...Como saber exatamente quais são as espécies nativas?
Foi então que começamos a frequentar grupos de discussão sobre o assunto e a realizar pesquisas para ampliar nosso conhecimento.
Mas, tb surgiu uma outra questão... Onde encontrar sementes dessas árvores?
Bom , algumas poucas já eram conhecidas, mas a medida em que a lista crescia, era necessário obter sementes das árvores nativas para que ampliássemos a diversidade de mudas plantadas.
É importante saber que a arborização de rua no Rio de janeiro privilegiou, até pelo menos a virada do séc. XXI, espécies exóticas. Assim, não é comum encontrarmos espécies nativas "dando sopa" em nossas calçadas...
Contudo, com o tempo alguns exemplares começaram a ser identificados e acompanhados para fornecer sementes. A compra pela internet em empresas fornecedoras ajudou em parte.
Mas, boa parte da diversidade veio da coleta direta e da troca de sementes pelo grupo de discussão que participamos...
Finalmente, encerrando o ano tendo produzido mais de 300 mudas de 30 espécies diferentes da Mata Atlântica...

É da continuação desse projeto que passaremos a falar!
Abraços.
Tito Tortori (Prof. Ciências )

Plantas tóxicas


No início de 2009, nossa escola (EDEM) se mudou para um grande casarão, em Laranjeiras,
onde funcionou durante muitos anos um antigo colégio de freiras.
O amplo terreno se caracteriza por apresentar diversos jardins espalhados no entorno do prédio.
Desde o início de nossa ocupação, percebi, enquanto biólogo, algumas espécies que me pareciam "suspeitas" 
uma vez que eram plantas ornamentais exóticas.
Inicialmente, comecei intuitivamente a pesquisar sobre plantas tóxicas.
Tema que até então só povoava, confesso, meus conhecimentos prévios, devido aos alertas que meus pais,
avós, tios e conhecidos me faziam desde os meus imemoriais tempos de infância.

  • "Menino, não toca nessa aí que é 'comigo-ninguém-pode'"! 
  • "Que tomate que nada, isso aí é 'arrebenta-cavalo'"! 
  • "Não, você não pode brincar de espada com a 'espada de são jorge'"! 
  • "Só pode brincar de 'comidinha' com as plantas que a gente conhece!" 


Essas e outras afirmações povoam as lembranças da infância e compõem boa parte 
nossos "saberes" atuais sobre plantas tóxicas.
A partir dessa primeira observação, percebi que apesar de ser formado em biologia,
meus conhecimentos estavam todos ao nível do senso comum. 
Saí a pesquisar e, o que descobri, me motivou a pesquisar e ampliar essa parte empírica de conhecimentos! 
E as minhas pesquisas realmente me estarreceram!
Estávamos cercados de plantas tóxicas! E eu nunca tinha percebido isso.
 Mas, isso não é um problema nosso específico...
Todas as casas, apartamentos e prédios que tem plantas ornamentais exóticas estão repletos de "problemas" potenciais.
Surgiu então a ideia de iniciar, sem alarde, um processo de gerenciamento de plantas tóxicas.
Foi criado um blog específicamente para essa temática que pretendíamos manter em constante atualização,
mas isso infelizmente é mais um desejo do que realidade. 
Ler mais: http://fitobotanica.webnode.com.br/


Visite o mapa com uma marcação das plantas tóxicas do entorno em:
 https://maps.google.com/maps/ms?mapprev=1&ie=UTF8&msa=0&msid=107778772895462936008.000493848277f9b4655c4&t=h&ll=-22.930808,-43.180218&spn=0.018972,0.027466&z=15&source=embed